Reproduzo a seguir o artigo publicado no Blog Notícias de Pombal sobre a demolição de um antigo casarão da histórica cidade de Pombal, localizada no Sertão Paraibano. Que este texto do Jerdivan Nóbrega de Araújo sirva de alerta a sociedade, aos governos e instituições que defendem a preservação do patrimônio histórico, para que atitudes como essa não aconteçam em outros municípios paraibanos.
Por Jerdivan Nóbrega de Araújo
Às vezes faz bem saber que perdeu a última batalha e, portanto, a guerra. A cidade vai continuar a existir com ou sem o seu passado. As pessoas que construiriam a cidade descansam em paz, em fim, a cidade não é de uma ou duas pessoas que usam a força da grana para transformar o seu patrimônio em poeira, mas, é exatamente esta minoria que traça o seu destino.
Nenhum povo que esquece o seu passado, os seus heróis, a sua cultura tem futuro. Não se mede o tamanho, o desenvolvimento e o crescimento de uma cidade e de um povo pelo que é ou foi construindo de novo, e sim pelo que foi preservado do seu passado.
Levar por terra um casarão construído há mais de 100 anos não é ganância nem tampouco loucura: é burrice. Eu que apenas sou um cidadão indagando, confesso que, notícia igual a esta só no Natal de 1997 quando minha esposa morreu. Era um 26 de dezembro.
Aquele casarão representava para mim momentos inesquecíveis da minha infância e adolescência e agora não mais existe. Era a casa do Altinho de dona Neca e do Jeep de seu Areliano.
Não que já não fosse esperado: notícias de depredação do patrimônio de Pombal são manchetes de ontem em jornais ainda por ser editado.
Por Jerdivan Nóbrega de Araújo
Às vezes faz bem saber que perdeu a última batalha e, portanto, a guerra. A cidade vai continuar a existir com ou sem o seu passado. As pessoas que construiriam a cidade descansam em paz, em fim, a cidade não é de uma ou duas pessoas que usam a força da grana para transformar o seu patrimônio em poeira, mas, é exatamente esta minoria que traça o seu destino.
Nenhum povo que esquece o seu passado, os seus heróis, a sua cultura tem futuro. Não se mede o tamanho, o desenvolvimento e o crescimento de uma cidade e de um povo pelo que é ou foi construindo de novo, e sim pelo que foi preservado do seu passado.
Levar por terra um casarão construído há mais de 100 anos não é ganância nem tampouco loucura: é burrice. Eu que apenas sou um cidadão indagando, confesso que, notícia igual a esta só no Natal de 1997 quando minha esposa morreu. Era um 26 de dezembro.
Aquele casarão representava para mim momentos inesquecíveis da minha infância e adolescência e agora não mais existe. Era a casa do Altinho de dona Neca e do Jeep de seu Areliano.
Não que já não fosse esperado: notícias de depredação do patrimônio de Pombal são manchetes de ontem em jornais ainda por ser editado.
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100 anos de história se transformou em escombros. E daí? Que utilidade teria mais aquela casa velha? Que serventia terá aquela Igreja velha de 300 anos, aquela cadeia de 250 anos? Derrubemos tudo e aproveitemos o terreno pra uma loja de desenho quadrado, ou melhor, não seria mais útil da velha cadeia fazer um beco?
Eu desisto agora e, nem mais uma palavra direi até o meu último dia, direi...
A casa do altinho de D. Neca que serviu de cenário para o filme "Fogo, o salário da morte" não existe mais. Ontem, dia 23 de dezembro, pelas 09:00 horas, um trator resolveu de vez apagar da memória do nosso povo e de nossa gente a lembrança do casarão que, ao longo de quase 100 anos ou mais, recepcionava aos que chegavam a Pombal.
A ganância venceu a tradição e a história. Silenciosa, ela foi chegando devagarzinho, como quem não quer nada, até que, de repente, um trator se fez presente transformando a velha casa em um monte de entulhos, tudo sob o silêncio do INPHAEP (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Estado da Paraíba), do Poder Público Municipal, dos órgãos estaduais de proteção e conservação do patrimônio histórico e dos defensores da história da nossa terra.
Um casarão histórico e belo, onde abrigou pessoas importantes dessa terra, tombou feito poeira levada ao vento, não restando nem o fogo, como seu salário da morte.
Fonte: Blog Notícias de Pombal.
Eu desisto agora e, nem mais uma palavra direi até o meu último dia, direi...
A casa do altinho de D. Neca que serviu de cenário para o filme "Fogo, o salário da morte" não existe mais. Ontem, dia 23 de dezembro, pelas 09:00 horas, um trator resolveu de vez apagar da memória do nosso povo e de nossa gente a lembrança do casarão que, ao longo de quase 100 anos ou mais, recepcionava aos que chegavam a Pombal.
A ganância venceu a tradição e a história. Silenciosa, ela foi chegando devagarzinho, como quem não quer nada, até que, de repente, um trator se fez presente transformando a velha casa em um monte de entulhos, tudo sob o silêncio do INPHAEP (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Estado da Paraíba), do Poder Público Municipal, dos órgãos estaduais de proteção e conservação do patrimônio histórico e dos defensores da história da nossa terra.
Um casarão histórico e belo, onde abrigou pessoas importantes dessa terra, tombou feito poeira levada ao vento, não restando nem o fogo, como seu salário da morte.
Fonte: Blog Notícias de Pombal.
Um comentário:
É lamentável!!! Precisamos saber o seguinte: esse Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Estado da Paraíba, é um orgão composto por pessoas sérias? ou seria um bando de corruptos? Infelizmente, A corrupção, é a "caracteristica" que mais se destaca entre setores Privados e principalmente Público que em sua maioria são apenas os "vestes calças" e não são Homens de vergonha na cara!!!! Depois,não podemos comparar esse tipo de gente, com um Burro, até por uma questão de respeito com os animais.
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