Transcrevo a seguir uma matéria publicada no blog do Jornalista Carlos Azenha, na qual ele relata a perda da identidade nacional da imprensa brasileira que prefere condenar as conquistas, as realizações do Brasil em nome de uma mesquinha politicagem contra o Governo Lula e contra os brasileiros. Espero que daqui a alguns anos não venha o Jornal Nacional dizer aos brasileiros que foi por causa do telejornal que o Brasil conseguiu descobrir o Pré-Sal ou se tornou uma liderança mundial.
Por Carlos Azenha
Fazendo uma observação grosso modo da mídia brasileira, com algumas notáveis exceções aqui e ali, noto que ela perdeu o pulso do próprio país que deveria retratar.
Nos últimos meses o Brasil confirmou a descoberta do pré-sal, fez uma opção preferencial pela França e, como integrante do G-20, passou a integrar o grupo de nações que terá forte influência nas regras econômicas internacionais.
O Brasil acaba de concretizar o Banco do Sul em parceria com a Venezuela e a Argentina, com capital que poderá atingir 20 bilhões de dólares; e se move com assertividade no caso da crise de Honduras, com respaldo da grande maioria dos integrantes da ONU e de organismos internacionais.
Qual é a reação a esse novo protagonismo brasileiro?
Uma capa da revista Veja enfatizando o quanto somos fracos, uma cobertura grotesca da TV Globo condenando a postura do governo brasileiro em Honduras e manifestações diversas do colunismo sugerindo que o Brasil se perdeu no caminho, quando todos os fatos indicam na direção contrária: o Brasil encontrou um caminho. Pode não ser o melhor. Pode exigir retificações. Pode dar errado.
Mas os princípios são claros: o Brasil passa a exercer politicamente o papel que lhe cabe como resultado da própria expansão econômica de interesses brasileiros além-fronteiras. A projeção do Brasil obviamente se fará sentir inicialmente nos espaços geopolíticos mais próximos: América Latina e África.
Daí a crescente articulação brasileira nos fóruns internacionais como o Mercosul, o Unasul, o Banco do Sul, o BRIC, o IBAS (Índia, Brasil, África do Sul) e a ASA (América do Sul-África).
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