Bebida é água, comida é pasto. Você tem sede de quê? Você tem fome de quê? Se essas perguntas fossem feitas à população as respostas seriam as mais variadas possíveis. Desde uma educação sem defeitos, uma saúde totalmente sã, emprego digno e uma justiça íntegra, curada de sua cegueira.
Ano de eleições e a máquina começa a trabalhar, as crises são deixadas de lado, as alianças começam a se formar. E o slogan é “A Paraíba vai melhorar.”
Já começam a ser distribuídos materiais, os mais diversos possíveis: de construção, os quites escolares; verbas para hospitais e até convênios são firmados , além das restaurações de escolas. Não que isso seja ruim, mas por que logo agora às vésperas do pleito?Poderiam ter começado antes e não o fizeram.
Maquiavel aplaudiria de pé e até se gabaria por ter sido um bom instrutor, pois segundo ele uma das técnicas mais estratégicas é passar o mandato sem mover “uma palha” e quando aproximar-se da campanha começar a assumir o papel de um sério administrador. Parece até uma brincadeira de mal gosto, o nosso sistema.
E agora com surpresas desagradáveis. Imaginem que em algumas cidades os professores que trabalham para o estado e estão com os salários atrasados são convocados para desempenharem funções de auxiliares gerais e isso para mostrarem o esforço e dedicação do “Estado”. No meio de tantas desonestidades, pelo menos os showmícios foram proibidos, eles agrediam nossa constituição já que se desviavam os recursos que eram destinados à nossa “boa qualidade de vida” em troca de algumas horas de “lazer”.
Parece que a história está mais uma vez a se repetir e como no governo de Otávio Augusto (em Roma) quando se fazia uso dos recursos públicos inadequadamente e para que o povo esquecesse os problemas “Pão e Circo”. Dessa vez o coliseu se modificou e agora nós somos os gladiadores lutando para sobreviver, que estamos à mercê dessas feras vorazes, as quais nos iludem com sua "beleza" para depois nos devorarem, deixando tudo como estava antes, sucateado.
Enquanto isso acontece vamos ouvindo o grito que ecoa desde os séculos “A gente quer inteiro e não pela metade, todos os nossos direitos”.
Quem começou seus trabalhos vai continuar, agora é só acelerar e os que estão iniciando-os vão ter que realizar “milagres” e retomar suas obrigações com o povo, pois já foi dada a largada.
*Estudante de Letras da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB - Campi Guarabira)
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