A pré-candidatura do tucano José Serra à Presidência da República ganha mais uma adesão nesta semana: a Associação Paulista dos Mosquitos da Dengue (APMD) selou o apoio à chapa tucana, após o estado de São Paulo bater recorde de número de mortes causadas pela dengue em 2010. De acordo com uma notícia veiculada pelo jornal Folha de São Paulo nesta segunda-feira, 10, o número de mortes no estado chega a 64 apenas nos quatro primeiros meses do ano.
Esse número representa um recorde em termos de mortes por dengue no estado, sendo quase o dobro do recorde anterior, registrado em 2007, quando 35 pessoas morreram em decorrência da dengue no Estado. Para falar um pouco mais sobre o avanço da doença no estado e o apoio ao tucano José Serra, a equipe do Boteko Vermelho procurou a sra Aedes Aegypti, responsável pela infestação de dengue no estado, tomando o cuidado, contudo, de realizar a entrevista por e-mail, para evitar o contágio com a dengue.
A seguir, as principais partes da entrevista:
Boteko: Em sintonia com as expectativas, a APMD anunciou nesta segunda-feira a adesão à pré-candidatura de José Serra à Presidência. Quais as razões que levaram a associação a apoiar o ex-governador de São Paulo?
Aedes: Olha, as razões para selarmos o apoio ao Serra são óbvias. Nenhum outro político fez tanto pela classe dos mosquitos da dengue quanto o José Serra. Se você olhar as estatísticas do Ministério da Saúde vai ver que desde que Serra assumiu o governo do Estado de São Paulo, as nossas condições de vida melhoraram muito. Tanto que no primeiro ano de governo dele atingimos a marca dos 92 mil casos em todo o Estado.
Boteko: Exato. Mas no ano seguinte a quantidade de casos de dengue registrou uma queda bastante expressiva.
Aedes: De fato, em 2008 os casos de dengue caíram expressivamente no estado. Fechamos aquele ano com 7.355 casos em todo o Estado. Mas você tem que ver que desde então, voltamos a crescer. Uma olhada rápida nos dados do Ministério da Saúde vai te mostrar que de 2008 para 2009, nós conseguimos avançar os casos de dengue em 8,2%, atingindo 7.960 casos em todo o estado. Isso é muito significativo se você levar em conta que no resto do Brasil os casos da dengue recuaram quase 35%, de 806 mil para 529 mil casos no mesmo período. Enquanto o governo Lula exterminava a nossa categoria, com aquela política agressiva e repressora do Ministério da Saúde, Serra nos acolhia com uma política de saúde pública favorável em São Paulo!
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Boteko: Lula é considerado um inimigo da associação?
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Aedes: Claro que sim! Você pode achar até estranho eu dizer isso, se considerar os altíssimos níveis de aprovação do presidente! Mas ele foi um exterminador da nossa categoria: os mosquitos da dengue foram extremamente prejudicados pela política pública de Lula. É impossível qualquer tipo de diálogo com Lula e com aquela ex-ministra dele, a Dilma Rousseff, que é também pré-candidata à Presidência da República. Não queremos que ela ganhe!
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Boteko: Mas o que Lula afinal fez contra a categoria dos mosquitos da dengue?
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Aedes: Muita coisa! Primeiro, os maiores investimentos em programas de combate à dengue. Foi um verdadeiro genocídio de mosquitos da dengue no Brasil inteiro: e o pior – com o apoio de grande parte da população! Além do mais, quando aquela mulher, a Dilma, estava chefiando a Casa Civil, ela e o Lula desenvolveram programas que ampliaram a rede de saneamento básico em todo Brasil. Isso atrapalhou muito a nossa categoria. Quando alguém fala em PAC perto de mim, me dá arrepios: vôo pra longe! Não sei se você sabe, mas aquele tal de PAC Funasa, que o Lula e a Dilma fizeram em 2007, já investiu mais de R$ 3,4 bilhões até o ano passado em ampliação de redes de distribuição de água, esgotamento sanitário adequado e coleta de lixo e limpeza urbana em municípios de até 50 mil habitantes.
Leia a entrevista completa e exclusiva com o mosquito Aedes Aegypti, que declarou apoio ao Serra por ter se multiplicado em São Paulo, clicando AQUI. Imperdível!
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