terça-feira, 4 de maio de 2010

Política: um agente transformador

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Não obstante às várias concepções atrasadas, a política tem que adquirir um caráter de libertação e deve ser encarada como aquela que modifica – para melhor – as condições socioeconômicas que vivemos.

Numa sociedade onde as práticas políticas são impostas pelos que monopolizam o sistema e que são cada vez mais excludentes, preconceituosas, coronelistas e separatistas, faz-se necessário a renovação desses quadros e destas práticas, e utilizar a política como um agente transformador do meio em que vivemos.

Não podemos nos acomodar e nos contentar com certas práticas que comprometem nosso futuro e o futuro das novas gerações. Por isso, é fundamental sermos agentes ativos desse processo de transformação.

Entretanto, para que esse “processo de libertação” seja verdadeiramente conquistado, é preciso que, as condições necessárias para o desenvolvimento não fiquem restritas a uma classe ou a um determinado grupo, é fundamental ser democratizado e ampliado a todos, é preciso levar as ferramentas do desenvolvimento aos que não tem acesso.

Daí a importância da política como uma ferramenta de transformação da realidade social, que a partir do seu comprometimento com as questões sociais, problematize, critique, contextualize a realidade, ofereça condições e viabilize os meios para o desenvolvimento com inclusão e que elimine – mesmo em passos lentos - práticas atrasadas que condena parte da população a viver a margem da sociedade como se vivesse no Sistema de Castas.

Necessitamos que a política não fique apenas na teorização e nas suas práticas arcaicas impostas por alguns, mas que seja aquela que adquira, como defendia Marx, um caráter de Práxis, ou seja, reflexão-ação; teoria-prática, para que busque a libertação de um povo que é vítima de um verdadeiro Apartheid social.

Pode parecer utópico, mas eu acredito.
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*Estudante de História da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB - Campi Guarabira)

Um comentário:

severo/PB/SP disse...

Não é utópico caro Cezar miranda, eu tb acredito. Parabéns pelo trabalho feito neste texto...muito esclarecedor. Houve um tempo em que no "embalo" dos outros tb não gostava de politica...foi aí que percebi que a politica está presente em tudo, 24hrs por dia, ou seja,aos poucos eu estava fugindo das minhas responsabilidades como cidadão.Foi ai quando acordei do "sono profundo" da omissão. Mas como tudo tem sua hora, foi através de um Discurso de Péricles (430 a.C)que me chamou atenção:

"sentimos dentro de nós uma preocupação contante não só pela nossa casa, como também pela nossa cidade. Embora estejamos voltados para ocupações diferentes, todo nós temos uma opinião própria acerca dos problemas da cidade, todo aquele que não participa do problemas da cidade é considerado, entre nós, um mau cidadão, e não um cidadão silencioso."

Foi aí que o "despertar da liberdade" a vontade de superação e a "briga" constante pela nossa isonomia, falou mais alto. Abraço a tdos

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