A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse que não concorda com a "demonização" que seu concorrente José Serra (PSDB) fez da Bolívia, ao acusar o governo daquele país de cumplicidade com o tráfico de drogas para o Brasil.
"Não é possível de forma atabalhoada a gente sair dizendo que um governo é isso ou aquilo. Não se faz isso em relações internacionais, não é papel de um estadista, de quem quer ser um estadista", afirmou a petista em breve entrevista coletiva, nesta quinta-feira (27), em Gramado, no Rio Grande do Sul, onde fez palestra aos participantes do 26º Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.
Dilma defendeu a construção de um padrão diferente de relacionamento na América Latina. "Não acho que esse tipo de padrão, em que você sai acusando outro governo, seja uma coisa construtiva. Acho que a gente tem de ter cautela, prudência, tem de saber que são relações delicadas, que envolvem soberanias."
[Já] a pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, criticou nesta sábado (29) a declaração do tucano José Serra de que o governo boliviano é “cúmplice" do tráfico. A frase de Serra já provocou reações no Brasil e na Bolívia.
Para Marina, o adversário errou por ter generalizado o problema do narcotráfico naquele país. “Não é assim que se trata um país irmão, até porque o povo boliviano não merece esse tipo de generalização”.
Ela destacou que os problemas enfrentados pela Bolívia “talvez não sejam diferentes de outros países”. Comparou ainda a questão com a violência em cidades brasileiras.
“Imagina se a gente fosse generalizar a violência que acontece nas favelas, as milícias paralelas que acontecem em regiões difíceis como se fosse por conivência do governo, que o governo está por trás disso? Não se pode fazer essa generalização”, afirmou Marina.
Fonte: G1
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