quinta-feira, 15 de abril de 2010

Um girassol nos teus cabelos. Batom vermelho, girassol. Ah, teu cheiro matador!

Por Júnior Miranda

Inspirado na letra de uma música do pernambucano Alceu Valença inicio este artigo cantarolando os versos da política paraibana. Cantarolando através da mais propícia das letras poéticas para tentar decifrar os atuais acordes, as atuais notas musicais da ainda velha política paraibana que continua desafinada com os novos tempos.

Ah Paraíba! Quando tua canção se tornará afinada com o teu povo? Quando os girassóis poderão clarear o teu horizonte, se até os cabelos que poderiam servir de suporte para um novo horizonte político podem ter sido atingidos também pelo batom vermelho, ou amarelo, com cheiro matador? Ah, teu cheiro matador!

O que sentimos nessas terras potiguaras, e não tabajaras, é um cheiro matador, uma situação de desconfiança geral, de armações mesquinhas. Armando sempre armando. Zé sempre o Zé. Cícero sempre franciscano. Cássio sempre menino. E por aí a Paraíba vai. Vai continuando neste mesmo acorde do atraso político e econômico.

De fato, nunca coube tão bem essa música de Alceu Valença como na atual conjuntura política paraibana. Girassóis nos teus cabelos, batons vermelhos, girassóis, e acrescento os batons amarelos também, todos com cheiro matador, cheiros de traições comuns na política.

E Campina? Pobre Campina! Vê seus dois filhos cassados, o Menino e o Cabeludo, no campo da justiça eleitoral. Justiça ou Armação? E o Girassol da Capital? Resistirá com a sua imponente administração aos fortes ventos serranos? Só a próxima estação dirá. O que a Paraíba não deve, e não pode, é perder os acordes do desenvolvimento socioeconômico e cultural. Para o bem dos paraibanos.
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*Artigo publicado na coluna de abril no Portal Expresso PB

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