Por Júnior Miranda.
É sabido de todos, ou de uma grande maioria, que o nosso Planeta Terra, ou melhor, nosso Planeta Água, está passando por um período de aquecimento normal chamado de período interglacial, fazendo com que a temperatura da Terra aumente, retornando posteriormente a uma temperatura menos quente, e em seguida, entrando num período chamado Glacial, esfriando o planeta novamente.
A atual época geológica em que estamos vivendo, ou seja, o Holoceno, da era Cenozóica, é considerada um período interglacial, que iniciou-se com o fim da chamada Era do Gelo há cerca de 150 mil anos atrás. Quem assistiu o filme “A Era do Gelo”, com aqueles famosos mamutes e o azarento esquilo Scrat que não consegue guardar sua noz, entre outros personagens, deve-se lembrar que o enredo se passava numa fase mais fria e em outra mais quente do planeta. É uma dessas “Eras” mais quentes por qual passa o nosso planeta Terra atualmente.
Contudo, o problema é que o que era pra ser de forma lenta e natural está acontecendo, segundo alguns estudiosos do clima, mais rápido e “artificial” através da ação antrópica, ou seja, do homem. A poluição das indústrias, dos milhões de automóveis, os desmatamentos, o consumo não sustentável, entre tantas outras ações humanas, está acelerando o aquecimento da Terra.
Alguém poderia perguntar: se a Terra voltará a esfriar-se, por que essa preocupação com aquecimento global? O detalhe é que esse ciclo se dá em longos períodos de milhares de anos e as consequências do aumento anormal da temperatura são pra já. Precisamos entender que o “tempo geológico” é diferente do “nosso tempo”. Quando falamos em tempo geológico estamos falando em milhares ou milhões de anos, e não apenas em 10, 50 ou 100 anos.
Estamos caminhando sim, para um período Glacial, com temperaturas baixíssimas principalmente no hemisfério norte, mas isso não significa que a humanidade pode “fazer de gato sapato” o planeta. Quando falamos em sustentabilidade nos referimos à continuidade da espécie humana no tempo presente e para o tempo futuro.
Na verdade, a Terra está pouco se lixando com a espécie humana, pois não é ela que depende dos humanos, somos nós que dependemos dela. A terra pode se regenerar ao longo dos milhares ou milhões de anos, já o homem pode ser extinto como os mamutes, os dinossauros e outros animais que viveram no planeta. Fim de papo!
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*Publicado inicialmente no site Banca de Estudos do amigo guarabirense Wilkson Santos
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