Por Júnior Miranda
O que leva uma pessoa a cometer tamanha maldade contra uma família de humildes agricultores? O que se passa na cabeça de alguém que despeja da propriedade rural uma família que viveu durante 30 anos no local? Foi isso que fez o latifundiário guarabirense Raimundo de Souza Paulino, irmão do ex-governador Roberto Paulino, contra uma família que morava em sua propriedade rural há 30 anos. Uma desumanidade tremenda, acrescentando que a família é composta por nove filhos, um deles portador de necessidades especiais, os quais sobreviveram este tempo todo com a prática da agricultura de subsistência.
O que leva uma pessoa a cometer tamanha maldade contra uma família de humildes agricultores? O que se passa na cabeça de alguém que despeja da propriedade rural uma família que viveu durante 30 anos no local? Foi isso que fez o latifundiário guarabirense Raimundo de Souza Paulino, irmão do ex-governador Roberto Paulino, contra uma família que morava em sua propriedade rural há 30 anos. Uma desumanidade tremenda, acrescentando que a família é composta por nove filhos, um deles portador de necessidades especiais, os quais sobreviveram este tempo todo com a prática da agricultura de subsistência.
Infelizmente essa situação acontece tanto pela desumanidade das pessoas, quanto pela escandalosa concentração de terras vinda desde o descobrimento do Brasil com as chamadas capitanias hereditárias, das quais os colonizadores foram se apossando de terras dos povos nativos, dividindo-as entre si e dando-as de herança aos seus familiares, causando, através de outros fatores ao longo dos séculos, uma grande concentração de terras nas mãos de poucos. E o pior é que essa mesma prática continua hoje com as chamadas grilagens de terras públicas, por meio de muitos fazendeiros inescrupulosos que se apossam ilegalmente das terras da União.
No entanto, voltando ao caso da família de agricultores despejada em Guarabira, há de se destacar que a Família Paulino precisa dar uma resposta urgente à sociedade paraibana. Apesar de o ex-governador Roberto Paulino ter se indignado com a atitude do irmão, dizendo que “não foi isso que meu pai, Antonio Paulino, ensinou aos seus filhos”, e de ter dado assistência imediata a família de agricultores, é preciso que algo seja feito em prol desta família despejada por ordem da Justiça após ser provocada pelo irmão do ex-governador.
Há aquela máxima de dizer “decisão da justiça não se discuti, se cumpre”, e é claro que num Estado democrático de Direito como o nosso, deve-se respeitar as decisões da justiça. Porém, a própria Constituição do nosso país garante direitos fundamentais ao cidadão brasileiro como moradia, direitos trabalhistas entre outras garantias básicas do cidadão. Como então uma família com nove filhos é colocada ao relento, debaixo de umas bananeiras após o trator do proprietário derrubar a casinha construída durante longas três décadas de serviços prestados ao próprio dono da terra? Uma vida construída em 30 anos, desmoronada em poucos minutos. É revoltante!
O ex-governador Roberto Paulino, o deputado estadual Ranieri Paulino, a prefeita de Guarabira Fátima Paulino não podem ser responsabilizados pela atitude desumana de um parente, mas eles têm obrigação moral de solucionar o problema dessa família guarabirense. Não é possível que uma família com tamanho poder político e econômico fique indiferente com tal situação.
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Aqui em Belém já aconteceu algo semelhante entre o final da década de 1980 e início da década de 1990, quando várias famílias que moravam numas terras por trás da Indústria 3 de Maio foram despejadas sem dó nem piedade, e os políticos e a sociedade belenense da época se calaram vergonhosamente, sendo mais um acontecimento perverso na história de Belém. Que isso não aconteça mais em Belém, em Guarabira e em nenhum outro lugar.
Um comentário:
Uma vergonha! é uma paulada na cara do povo e um desrespeito ao Art. 5° da nossa constituição que diz: é garantido o direito de propriedade e atenderá a sua função social.
Lamentável!!!
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