domingo, 8 de fevereiro de 2009

O "castelo" do deputado está ruindo.

Um homem ou uma mulher que entra na vida política partidária, que assume algum cargo público, deve estar ciente que, a partir de então, a sua vida particular se torna pública. Seus atos, seus discursos, sua vida familiar e econômica, todos esses aspectos tornam-se públicos. Não adianta “chiar” por aí. Quem assume um mandato conferido pelo voto popular tem que dá satisfação de todos os seus atos ao povo, não adianta reclamar. Essa é uma das prerrogativas do mandato, a transparência.

Muito bem! Estamos acompanhando pela imprensa nacional o caso do deputado Edmar Moreira, do Democratas (DEM), antigo PFL. O parlamentar mineiro está mergulhado no escândalo do “Castelo de Monalisa” (foto), um verdadeiro castelo construído na cidade de São João Nepomuceno-MG. Esse suntuoso palácio edificado, segundo a imprensa, por cerca de 20 milhões de reais, não foi declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando o cidadão concorreu ao cargo de deputado. Além desse grave problema, as empresas do deputado estão sendo alvo de investigações por descumprir leis trabalhistas, etc. e tal.

O deputado Edmar Moreira, atual 2º vice-presidente da mesa diretora, e presidente da corregedoria da Câmara Federal, órgão que investiga deputados acusados de quebra de decoro parlamentar, tenta desde a semana passada explicar o caso, dizendo que o castelo é do filho, que as empresas não têm nenhum problema, etc., etc., etc. Se ele é culpado ou não cabe a justiça decidir, mas para a população ele teve, e tem que explicar os seus atos. Isso serve de exemplo para todo político. A vida particular, inevitavelmente, passa a ser pública em todos os aspectos. E agora o deputado, além de estar sendo pressionado para deixar os cargos na Câmara Federal, corre o risco de até perder o mandato.

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