Ao ficar sabendo da confusão em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, imediatamente recordei-me do que ocorreu no dia 30 de novembro de 1989, quando um comício de Collor se transformou numa imensa confusão na cidade gaúcha de Caxias.
Era o segundo turno eleitoral, Lula já crescia nas pesquisas e o clima era de alto astral na campanha petista. De repente estoura esse confronto. E Collor que nem havia chegado ao evento, do aeroporto da cidade, já sai atacando o PT de ter incentivado o quebra-quebra. Depois as imagens do conflito, editadas, claro, vão para o Jornal Nacional e para o seu programa eleitoral, ficando lá por alguns dias.
Era o segundo turno eleitoral, Lula já crescia nas pesquisas e o clima era de alto astral na campanha petista. De repente estoura esse confronto. E Collor que nem havia chegado ao evento, do aeroporto da cidade, já sai atacando o PT de ter incentivado o quebra-quebra. Depois as imagens do conflito, editadas, claro, vão para o Jornal Nacional e para o seu programa eleitoral, ficando lá por alguns dias.
Muito, mas muito mesmo, parecido com o que Serra fez hoje.
Vejam duas fotos do confronto de Caxias e depois sigam lendo o post, porque acho que vem coisa torta pela frente. Não só eu acho isso, o Rodrigo Vianna com quem falei ao telefone agora há pouco também escreveu um post sobre o assunto.
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Percebam um homem com um revólver na mão. Vejam que camisa ele usa
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Já há alguns dias Serra vem tentando colar no PT a pecha de facção, de grupo extremista, de bando. O fato de hoje seria um pouco a consagração desta estratégia.
Se isso for parar no Jornal Nacional e no seu programa eleitoral buscando vitimizá-lo, podem tirar o verbo ser da última frase do parágrafo anterior do condicional. Eles vão usar essa picada como caminho para tentar virar o jogo nos últimos dias.
Vai ser a última rodada do jogo Serra é do bem, contra o PT do mal.
Ainda pode acontecer coisa pior? Evidente. E o Rodrigo Vianna levanta hipóteses que devem ser consideradas, como pichações em igrejas, carros de reportagens sendo atacados etc.
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Também não me surpreenderia com comitês de campanha ou diretórios do PSDB sendo assaltados e violados. E com novas confusões deste tipo em locais onde o conflito poderia ser ainda mais amplificado. Imaginem isso acontecendo, por exemplo, numa visita ao metrô de S. Paulo.
Aliás, falando em local, este evento foi agendado por Indio da Costa, que hoje completa 40 anos, e teria dito a Serra que fazia questão de realizar a agenda do seu aniversário no seu estado.
Indio da Costa é a chave para abrir certas portas das profundezas da campanha de Serra.
E ainda há muitas portas a serem abertas. Todo cuidado é pouco.
PS: Há imagens que demonstrariam que a campanha de Serra estava bem preparada para esta caminhada. Com rapazes bem fortinhos e que agiram com destreza e rapidez para animar o evento.
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