Com capacidade para 2 mil pessoas, o auditório da Força Sindical, no centro de São Paulo, ficou pequeno para a multidão de professores, estudantes, reitores, cientistas e sindicalistas que se reuniu para defender a eleição da candidata Dilma Rousseff. Na falta de cadeiras, todos os espaços vazios foram ocupados. Bandeiras e palavras de ordem deram o tom do ato político que serviu também de repúdio à candidatura de José Serra.
No Dia dos Professores, a dura repressão comandada pelo governo tucano de São Paulo contra a greve da categoria em abril deste ano foi lembrada. Num discurso contundente, a presidente do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo, Izabel Noronha, alertou que as promessas de valorização da categoria e de defesa da educação feitas por Serra na campanha presidencial não passam de “conversa fiada”.
No Dia dos Professores, a dura repressão comandada pelo governo tucano de São Paulo contra a greve da categoria em abril deste ano foi lembrada. Num discurso contundente, a presidente do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo, Izabel Noronha, alertou que as promessas de valorização da categoria e de defesa da educação feitas por Serra na campanha presidencial não passam de “conversa fiada”.
“Serra é adversário dos professores. A educação no estado de São Paulo é uma vergonha. Dilma significa avanço. Serra é retrocesso”, afirmou Izabel, lembrando que o governo de São Paulo usou a polícia contra os professores em greve.
O ato político foi marcado pela intensa participação dos jovens liderados pela União Nacional dos Estudantes (UNE), que declarou apoio à Dilma Rousseff no segundo turno. “Serra, inimigo do estudante”, gritavam os jovens no intervalo dos discursos. A revolta tinha motivo. Segundo o presidente da UNE, Augusto Chagas, o candidato do PSDB declarou que a entidade mudou de lado.
“Ele é o único ex-presidente da UNE que vem a público falar mal da nossa entidade e insinuou que a UNE mudou de lado. A UNE sempre esteve do lado certo. Ele é que mudou de lado. Nós sempre defendemos a Petrobras”, disse Chagas.
Um dos discursos mais emocionantes foi de Ana Maria Freire, viúva do educador pernambucano Paulo Freire. Lamentando a campanha que tenta dividir o Brasil e espalhar o ódio, Ana Maria decretou: “Se vamos dividir, nós somos os de bem. Serra serve à elite e desserve ao povo. Dilma serve e enobrece o povo.”
No discurso interrompido dezenas de vezes por aplausos e gritos de apoio, a candidata Dilma Rousseff referendou as palavras de Ana Freire. “O ódio não nos interessa.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário