A candidata à presidência Dilma Rousseff foi ao encontro das crianças neste 12 de Outubro de sol em Brasília. A larga avenida que corta toda a cidade, batizada de Eixo Rodoviário, ou simplesmente Eixão para os brasilienses, foi palco deste encontro. Fechado para o trânsito de veículos, como sempre acontece aos domingos e feriados, recebeu Dilma e dezenas de crianças que pintavam o 13.
“A criança é o futuro do nosso país. Um país se mede pelo que faz pela criança, e por sua capacidade de proteger, apoiar, incentivar e dar oportunidades para que as crianças se transformem em adultos plenamente realizados”, disse a candidata, cercada pela militância.
Dilma reforçou seu compromisso de construir seis mil creches para garantir a capacidade de aprendizado às crianças de até seis anos de idade. É nessa fase da vida, segundo ela, que a criança precisa de estímulos pedagógicos que assegurem a absorção do conhecimento no ensino fundamental. Para a candidata, este é o primeiro passo na construção de um Brasil desenvolvido.
“Assegurar creche é garantir que você está atacando, na raiz, a desigualdade. Se a gente considera a educação uma das formas pelas quais vamos conseguir levar o Brasil a ser um país desenvolvido, sem sombra de dúvida a creche é o pilar desse processo, pois permite o resgate de toda uma geração.”
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Dilma explicou que o Brasil viveu um grave processo de esfacelamento das famílias, decorrente da concentração de renda e da falta de uma política habitacional. O resultado é o envolvimento das crianças com as drogas, como o crack, e com a violência.
Dilma explicou que o Brasil viveu um grave processo de esfacelamento das famílias, decorrente da concentração de renda e da falta de uma política habitacional. O resultado é o envolvimento das crianças com as drogas, como o crack, e com a violência.
“Proteger as crianças da violência será um dos meus maiores compromissos. Você vê hoje meninos de sete anos vítimas do crack. É um absurdo deixar que isso se aconteça”, afirmou.
Adoção
A candidata defendeu uma campanha que estimule a adoção, sobretudo das crianças com mais de sete anos de idade. Estas, segundo Dilma, são adotadas por famílias estrangeiras, mas não por brasileiras. Para a campanha de estímulo à adoção de crianças, ela pediu uma mobilização envolvendo a Igreja, a sociedade civil e os meios de comunicação.
“Um país tem que ter a generosidade, na sua população, de ser capaz de adotar as crianças que não têm uma família. Esta é uma campanha que meu governo vai fazer de forma determinada”, disse Dilma, acrescentando que seu governo vai trabalhar também para acelerar a tramitação de processos de adoção na Justiça.
“Com uma equipe adequada, você pode acelerar o processo adoção, que pode levar de três a seis meses, mas (que hoje) no Brasil pode chegar a um ano e meio. Você imagina a desolação de uma criança que não tem uma família?”, questionou Dilma antes de ser levada pela militância.
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