quarta-feira, 27 de outubro de 2010

1 ano após queda das vigas do Rodoanel, consórcio e Dersa do Paulo Preto e Serra não foram punidos

Às vésperas de completar um ano do desabamento de vigas durante a construção do trecho sul do Rodoanel, a Promotoria aguarda laudos do IML (Instituto Médico Legal) para definir a responsabilização criminal de engenheiros ligados à obra.A tendência é que só dois profissionais do consórcio Rodoanel Sul 5 Engenharia, contratado pela Dersa (estatal paulista de José Serra ), sejam processados pelo acidente. A definição pode sair este ano.


Na esfera administrativa, a promotora Andréa Chiaratti já arquivou a apuração de eventual improbidade.

Segundo Chiaratti, não foram encontradas irregularidades que tivessem levado ao desabamento -que deixou três feridos.

O engenheiro da Dersa que comandava a obra era Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto e que foi afastado da estatal neste ano pelo governador Alberto Goldman (PSDB).Laudos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas e do Instituto de Criminalística viram falhas para fixar as vigas que depois caíram.

Segundo a apuração do IPT, elas foram instaladas sobre uma superfície não horizontal, sujeitas a deslizar, faltava uma rugosidade para garantir atrito, além de um sistema de travamento.

O inquérito da Polícia Civil responsabilizou dois engenheiros ligados ao consórcio -Olímpio Eugênio Fernandes Silva e Anderson Canejo- por desabamento culposo (sem intenção).

A promotora Fabiana Sabaine, de Embu (Grande SP), vai decidir se denuncia os dois pelo acidente e sob qual acusação. Se a ação for por acidente culposo, ela deverá tramitar num juizado especial para casos de menor potencial ofensivo. Nessa situação, a pena é inferior a dois anos.

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