Sérgio Guerra (esquerda) e Agripino Maia são os principais citados pela funcionária que coordenava os trabalhos do mentor do esquema
Vermelho - 17 de Outubro de 2010 - 17h00
Carta Capital aponta que presidente do PSDB é o principal citado em vídeo apreendido pela PF durante a Caixa de Pandora; Revista sustenta que caso foi abafado pela campanha tucana.
José Cruz, Agência Brasil
As investigações (apontam) que Sérgio Guerra (esquerda) e Agripino Maia são os principais citados pela funcionária que coordenava os trabalhos do mentor do esquema.
As investigações que revelaram o esquema conhecido como Mensalão do DEM continuam a pleno vapor e chegaram ao presidente do PSDB, Sérgio Guerra, também coordenador da campanha de José Serra à Presidência da República.
A análise de um dos CDs apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação Caixa de Pandora coloca em cena os nomes de Guerra e do senador Agripino Maia, do DEM do Rio Grande do Norte. Os dois e o ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, eram os políticos que mais recebiam ligações de uma funcionária da empresa de coleta de lixo que comandava a arrecadação e a distribuição ilegal de recursos. Essa funcionária, identificada como Dominga, era quem coordenava os trabalhos de Eduardo Badra, ex-diretor da Qualix e mentor do crime. De acordo com reportagem da Carta Capital desta semana, o dinheiro de propina era acomodado em caixas de papelão com montantes de 50 mil reais.
Investigações
O repórter Leandro Fortes aponta que os investigadores da Polícia Federal estão de olho, principalmente, nos contratos de lixo do Distrito Federal. A partir do governo Roriz, a coleta de dejetos passou a ser terceirizada, tendo a Qualix como principal vencedora de concorrências ou mesmo como beneficiada por convênios feitos sem licitação. A partir de 2006, no governo tucano de Maria Abadia, outras empresas passaram a receber os bilionários contratos, sempre suspeitos. Os esquemas continuaram durante o governo de José Roberto Arruda (DEM), cotado para ser o vice de Serra até acabar preso pela PF.
O senador Sérgio Guerra disse ser amigo de Badra há 30 anos, mas afirmou que é falso o vídeo apreendido pela polícia. Já Agripino Maia pontuou que foi procurado por outros jornalistas, mas assegurou que todos se desinteressaram pela história após ouvirem a versão apresentada por ele. Para Carta Capital, a história é outra: nada foi publicado por pressão da campanha de Serra sobre as redações.
Fonte: Rede Brasil Atual
Um comentário:
Júnior, não é novidade o senador José Agripino, que tanto fala em ética, se envolver em escândalos. Quando ele foi governador do RN, ele se envolveu num escândalo que ficou denominado de "Rabo de Palha", onde desviou milhões de dólares em benefício próprio, e hoje aparece na mídia se dizendo bonzinho.
Professor Marciano Dantas
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