Fala-se tanto em crise no Senado, em crise econômica, em crise ali, em crise acolá, mas muitos estão se esquecendo de uma crise que a cada dia fica mais evidente: a crise da imprensa brasileira. Quando falo a imprensa brasileira digo dos grandes veículos de comunicação no país. Com a crescente perda do monopólio da informação, as grandes empresas de comunicação estão se utilizando de todos os meios para atrair a atenção dos telespectadores, leitores ou ouvintes, entrando descaradamente nos porões obscuros do sensacionalismo e da hipocrisia jornalística.
Assistindo e ouvindo, por exemplo, o jornalista Alexandre Garcia comentando os embates entre políticos no Senado Federal, fico a me perguntar: Ô Xandinho, você pensa que os brasileiros vão engolir tudo o que você fala? Dizer que o Senado está na maior crise de sua história por causa de discussões acaloradas entre os senadores Renan e Jereissati, ou pela resistência de Sarney na presidência do Senado, é no mínimo desonesto com a história.
Quem não se lembra das palavras agressivas entre os senadores Antonio Carlos Magalhães e a Heloísa Helena? Quem não se lembra dos escândalos de Jáder Barbalho e novamente de ACM com a adulteração do painel do Senado? Quantas outras discussões nós já vimos e ouvimos no Senado ou na Câmara? O problema não é esse. O problema é que os senadores que posam de moralistas nunca quiseram mudar a estrutura administrativa do Senado. E agora por estarem com índices baixos nas pesquisas em seus estados, ficam posando de moralistas, obtendo a cobertura total da “grande” mídia.
Engraçado é o senador Artur Virgílio (PSDB) com aquele discurso contundente: “Eu sou réu confesso”. Pronto! Agora deu! Eu posso usar dinheiro do povo brasileiro pra pagar faculdade de teatro a um parente no exterior, eu posso usar dinheiro do povo brasileiro pra pagar tratamento médico de parentes, eu posso pegar dinheiro do povo pra pagar hotel de luxo em Paris, e depois eu digo: “Sou réu confesso”, e fica por isso mesmo, sou o bonzinho porque confessei.
Peraí, né! Ainda chega um jornalista do Jornal O Globo, o tal do Noblat, e diz em seu twitter que o erro de Artur Virgílio foi ter falado depois que a imprensa divulgou. Ah tá! Desse jeito as pessoas poderiam praticar corrupção e depois dizer antes de ser denunciado pelos jornais: “Eu errei, sou um réu confesso”, e ser absolvido. Noblat... Noblat... O povo sabe de quem você está a serviço. Você fica omitindo os escândalos dos tucanos, a exemplo da governadora Yeda no Rio Grande do Sul, e dispara contra Sarney e Lula. Definitivamente quem está em crise é a “grande mídia” brasileira! Uma crise de credibilidade!
3 comentários:
Hoje, o senado do Brasil, infelizmente, é mais uma organização burocrática inoperante, mais um cabide de empregos e filhotismo. Alexendre não aprende mesmo né?! que sujeito insistente!
ah! o fanfarrão Alexandre Garcia, chegou a ser o maior "baba-ovo" de ninguem mais nem menos que o XUCRO João batista figueiredo, um dos piores abutres do regime maldito O MILITAR, que aterrorizou o Brasil de 1964 à 1985. seu Alexexandre,na epoca que era porta-voz da Presidência, escreveu um livreto com nome: JOÃO PRESIDENTE: HISTÓRIAS DO GENERAL JOÃO BAPTISTA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO,em que babava nas quatro estrelas do General. O jornalista descreu figueiredo como um oficial que tratava seus comandados como iguais (iguais a que ou a quem?) que colocava crianças na garupa de seu cavalo e que era capaz de quebrar um bar inteiro para defender a noiva, Dulce. No capitulo "João e as lágrimas",Alexandre Garcia revela que,em determinadas circunstâncias, o Generall era capaz de chorar. mas, ele teve a coragem de acrescentar frases "famosas" do figueiredo como estas: "CAVALO E MULHER,A GENTE SÓ SABE SE É BOM DEPOIS QUE MONTA" OU "GAUCHO É GIGOLÔ DE VACA" e "PREFIRO O CHEIRO DE CAVALO AO CHEIRO DO POVO" mais "ME ORGULHO DE SER GROSSO" e ainda: SE EU GANHASSE UM SALARIO MINIMO,DAVA UM TIRO NO COCO". apesar que o salario minimo já esteve bem pior que hoje. abraço a todos
Obrigado Junior mais uma vez pelo espaço concedido.
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