A “Guerra de buscapé” em Belém da Paraíba.

Dentro dos festejos juninos existe uma prática comum nas cidades do interior nordestino: a guerra de buscapé. Buscapé é mais um tipo de fogo de artifício utilizado para os festejos. Nesse caso, pra “guerrear” um contra os outros, especialmente nas madrugadas do dia e da véspera de São João. Porém, pelo poder destrutivo dos buscapés, essa “brincadeira” não é recomendada para crianças e adolescentes. Como também para adultos “despreparados”.

A cada ano aqui em Belém, por exemplo, a justiça libera uma rua para a prática dessa tradicional brincadeira. Neste ano de 2009 a rua liberada para a guerra de buscapé é a Rua Virgílio Cruz, no bairro do Tribofe. No entanto, nem sempre as pessoas respeitam a portaria. Confesso que é difícil centralizar em apenas uma rua a famosa guerra de buscapé. A prática tornou-se comum em várias regiões da cidade. Mas, a polícia estará atenta para coibir os abusos.

Vocês poderiam até se perguntarem: Por que um danado de um buscapé atrai tanto as pessoas? Eu posso responder como um dos “guerreadores”. Na verdade, o fogo sempre fascinou o homem. Até por motivo de sobrevivência, como na era pré-histórica. Contudo, no caso desses buscapés do período junino, é o perigo, o “som” desses objetos que fascinam, pelo menos a mim.

Eu sei que muitos leitores discordarão da minha opinião, mas essa prática está enraizada na nossa cultura nordestina. O importante é seguir a recomendação da justiça, em relação ao local e o horário, além da proteção adequada. E depois é rolar a madrugada com o barulho dos buscapés, os quais atraem a atenção dos moradores, que só vão dormir na véspera e no dia de São João, após as nossas “guerras de buscapés”. Mas é só uma vez por ano. Entenda pessoal! Deixe a gente brincar um pouquinho.