Uma coisa que eu aprendi no curso de História é que não existe neutralidade nos discursos. Todo e qualquer discurso sempre tem a sua intenção, a sua tendência, o seu discurso de poder. Não sejamos ingênuos em pensar que, por exemplo, existe neutralidade discursiva nos meios de comunicação. Cada emissora de TV ou de rádio, cada portal de notícia ou blog na internet, sempre terão os seus discursos políticos e ideológicos próprios. Mais uma vez repito: não sejamos ingênuos, ou não nos comportemos com ingenuidade, meus caros leitores.
Vocês já devem ter escutado a expressão “linha editorial”. Pois é! Cada redação de jornal, revista, telejornal, portal na internet, tem sua linha editorial, ou seja, seguem determinada orientação de seus proprietários. Por isso ao lermos, ouvirmos ou assistirmos algum meio de comunicação sejamos inteligentes em saber discernirmos o que realmente aquela notícia ou reportagem quer transmitir ao público. Qual a verdadeira intenção? Qual o objetivo daquela matéria publicada?
Diante dessa rápida abordagem sobre a não existência da neutralidade nos discursos, quero destacar outra velha frase dita pelos repórteres ou jornalistas: a imparcialidade. Seguindo a mesma análise anterior, o termo imparcialidade também figura como um disfarce para tentar convencer o público sobre a “verdade” dos fatos. Mas, o que é a verdade dos fatos? Acredito que existem as “verdades”, e não apenas a “verdade”. Pois, a verdade é uma construção dos indivíduos.
Em relação ao meio ambiente, por exemplo, pergunto: qual a "verdade" dos ruralistas? E qual a “verdade” dos ambientalistas? E sobre os meios de comunicação: qual a "verdade" das emissoras que são financiadas por grandes empresários ou políticos? Esses questionamentos são importantes para entendermos os motivos de uma Revista Veja, ou de uma Folha de São Paulo, defender com tanto entusiasmo políticos do PSDB, Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ou banqueiros envolvidos em escândalos de várias ordens.
Por isso, seria fundamental que as pessoas que atuam nos meios de comunicação fossem claras em seus posicionamentos. Pelo menos não fizessem esses discursos dizendo que são neutros ou imparciais, menosprezando a inteligência da população. O nosso blog além de ser um portal de notícias, como disse o leitor Felipe, comentando uma das matérias publicadas, é um blog de OPINIÃO como tantos outros. E permanecerá assim. Ou seja, deixarei expressada nos posts a minha visão política partidária e ideológica. Chega de hipocrisia nos meios de comunicação! Os cidadãos precisam se posicionar perante a sociedade. Talvez seja por isso que nosso blog tem essa repercussão entre os internautas. E é bom que seja assim.
Um comentário:
Neutralidade nos discursos? Será que existe mesmo? Como já foi dito, todo o discurso revela a corrente ideológica de uma determinada pessoa ou de um determinado grupo. Todos sabem o posicionamento político ao qual Júnior Miranda acredita e segue. É necessário, porém, lembrar que quando é preciso fazer críticas a sua ideologia, Júnior sempre o faz.
Agora fica a pergunta, será que a PIG (Partido da Imprensa Golpista) representada por várias revista e jornais como a Globo, a Veja, a Folha de São Paulo... Etc... Etc... Etc... Fazem jornalismo e publicam suas matérias com parcialidade? Por que será então que naquele episódio da discussão dos Ministros Gilmar Capanga Mendes e Joaquim Barbosa o canal do Plim... Plim... Representado naquele momento pelo jornalista Alexandre Direita Garcia, fez uma matéria na qual de uma forma quase direta denegriu a imagem de Joaquim dizendo que ali não era o local para aquele bate- boca, que aquilo não era atitude de Ministro, enaltecendo assim Gilmar Capanga Mendes, que na matéria era a vítima da história. Será que defender um ministro que tem como sócios e professores da sua Universidade alguns Jornalista, como Eraldo Pereira, é agir com neutralidade? Por que será que a Globo ou a Veja não dão tanta repercussão em suas matérias escândalos que envolvem a Tucanhalice (PSDB) ou Demos (Democratas)? Por que será que a Globo não da mais espaço nas suas matérias a Ministra Dilma como fazia antes de ela começar a ascender como está acontecendo?
Pois é, não sejamos ingênuos! Façamos nossos discursos, mostremos nossas tendências e ideologias, sejamos conscientes de que todos os discursos revelam aquilo que acreditamos numa tendência de poder.
Organizemo-nos, liberemos nossos pensamentos, sejamos críticos para não cairmos nas supostas imparcialidades de discursos da PIG, que tentam de toda forma “censurar” as outras tendências.
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