Primeiro, há uma discussão histórica sobre o significado do nome desses índios nativos do litoral paraibano e também da nossa região. Alguns historiadores chamam de Petiguares, que significa “Povo do Fumo”. Outros denominam de Potiguares, o “povo do camarão” ou “comedor de camarão”. Com o passar dos séculos o nome foi aportuguesado para POTIGUARAS, significando também “povo do camarão”.
Segundo ponto da nossa discussão. Muitos falam que a Paraíba é a terra dos tabajaras. Inclusive a emissora de rádio oficial do estado se chama Rádio Tabajara. Mas isso é um equívoco. Na verdade os primeiros índios nativos da nossa Paraíba, especialmente do litoral como já dito, foram os índios Potiguaras. Eram eles que habitavam o litoral até a Serra da Copaóba, ou Cupaóba, onde estão localizados os municípios de Serra da Raiz, Pirpirituba, Caiçara e a nossa Belém, entre outros municípios.
Já os índios Tabajaras são originários da região do Rio São Francisco e ocuparam inicialmente o litoral sul de nosso estado. Por isso, não é correto afirmar que a Paraíba é a Terra dos Tabajaras, e sim dos Potiguaras. Essa fama foi imposta após o famoso cacique Piragibe, que era da tribo dos tabajaras, ter feito as pazes com os portugueses e, posteriormente, derrotado os valentes potiguaras que resistiam à colonização portuguesa. Por outro lado, os Potiguaras também se relacionavam com os franceses que contrabandeavam o pau-brasil da nossa região.
Após os índios potiguaras serem derrotados, ou pior, serem massacrados pelos portugueses e tabajaras, parte dos sobreviventes foi escravizado e outra migrou para o vizinho estado do Rio Grande do Norte, onde já se encontravam outros potiguaras. Daí o nome terra Potiguar dada ao Rio Grande do Norte. Para termos uma ideia da importância histórica da nossa região, essas sangrentas batalhas aconteceram de forma intensa no território compreendido pelos municípios de Belém, Serra da Raiz, Caiçara, Duas Estradas, Pirpirituba, entre outros circunvizinhos, nas quais milhares de índios potiguaras foram dizimados. Nos dias atuais restam apenas algumas poucas aldeias na região da Baía da Traição.
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