Desenhos eróticos em banheiros de escola é tema de monografia na UEPB.

Para quem é estudante ou professor, não é novidade o vandalismo que alguns estudantes fazem nos banheiros das escolas. Quem já frequentou esses ambientes sabe do que eu estou falando. O que diriam os psicólogos, os pedagogos, ou outros profissionais, a esse respeito? Seria uma forma de expressão dos jovens e dos adolescentes? Ou simples vandalismo? É claro que os estudantes podem se expressar de outras maneiras e em outros espaços mais “artísticos”, mas não é isso que quero destacar neste artigo.

O que destaco sobre os desenhos nos banheiros das escolas, é o inovador tema explanado num trabalho monográfico de um estudante da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) em Guarabira. Para alguns pode parecer besteira, mas é um assunto que vale apena ser estudado e analisado com maior profundidade. Pergunta-se: além das “expressões artísticas” pintadas, o que os jovens querem expor para os educadores e para a sociedade? É necessário apenas reprimir os jovens e os adolescentes? Ou buscar alternativas para que aquele “talento” seja bem direcionado?

Sou contra o vandalismo nos banheiros e em outros locais públicos. Porém, na maioria das escolas públicas não existe espaços alternativos para que os jovens expressem seus sentimentos, suas emoções, suas habilidades através da arte. Como a nossa sociedade quer reprimir os desenhos eróticos pintados pelos jovens nas escolas, se a própria sociedade “derrama” diariamente mensagens, propagandas, revistas, filmes, novelas, com apelo erótico ou pornográfico. Alguém pode dizer: - No meu tempo não existia isso. Mas, é isso mesmo, o nosso tempo que é diferente, e devemos nos adaptar.

Não culpo apenas os gestores das escolas pela falta de espaços. Sabemos que o investimento no ensino público é pífio; que os ridículos governos não investem como deveriam investir; que o escandaloso desvio de verbas públicas é uma praga na sociedade brasileira. No entanto, os gestores das escolas precisam ser criativos, e proporcionar aos estudantes alternativas. O tempo mudou! Os alunos mudaram! A escola precisa mudar!