domingo, 8 de março de 2009

Dia internacional da mulher: mais um dia de luta

Não quero publicar nenhuma mensagem, elogio ou “recadinho” para homenagear as mulheres neste dia 08 de março. Não que elas não mereçam, pelo contrário, todas merecem homenagens, elogios e tudo mais. Publico apenas a minha insatisfação como o dia internacional da mulher vem sendo tratado nos últimos anos, apenas com um crescente apelo comercial, para a venda de produtos do público feminino. Pode até ser propício, mas o foco central é outro.

Parece que essa data vem se juntando ao calendário comercial como tantas outras datas comemorativas. Dia internacional da mulher é dia de mobilização, de protesto, de conscientização da sociedade para a melhoria das condições de emprego, de salário, de vida da mulher, seja ela criança, adolescente, adulta ou idosa. É mais um dia, não o único, de a mídia de massa colocar em sua programação, em sua pauta, as questões envolvendo a violência contra mulher, o desrespeito aos seus direitos e tantos outros temas.

É claro que os problemas enfrentados pela mulher estão tendo mais espaços nos meios de comunicação. Agora é partir para ações mais práticas, como a instalação das delegacias especializadas para atender as mulheres vítimas de agressões, por exemplo. O Estado brasileiro precisa dar essa atenção! E a sociedade tem que cobrar essas ações. No entanto, outra forma de coibir as agressões sofridas pelas mulheres é a mudança de uma cultura machista predominante na sociedade brasileira e mundial. Esse é um processo mais longo, mas que deve ser enfrentado.

Para termos uma ideia, um dia desses, eu estava conversando com um colega e o mesmo dizia que jamais votaria em uma mulher para algum cargo público, pois os homens não deveriam ser “comandados” por mulheres. Veja só o pensamento desse camarada! Num país onde as mulheres são a maioria e já demonstraram a mesma capacidade, ou até melhor, em administrar cidades e estados, e quem sabe, brevemente, a presidência da república, como ele pode dizer uma coisa dessas! As mulheres, e os homens também, têm uma longa luta para modificar essa cultura machista e discriminatória. Continuemos a luta!

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