Por Christina Lemos/Portal R7
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Não tem bala perdida, nem população acuada, nem meninos com metralhadoras penduradas no ombro e camiseta escondendo o rosto – nada disso aparece na inacreditável favela-cenário montada para o programa de estréia do tucano José Serra, na tv.
Uma favela-modelo, que fica num estúdio da zona Oeste de São Paulo, só com gente contente, batucando um sambinha, pendurando no varal a camiseta com o número 45, e prometendo votar no candidato, que está lá, cercado de crianças negras agitando, esfuziantes, uma bandeira do Brasil. O artificialismo da cena foi chocante para quem avançou um milímetro além da infeliz peça de propaganda, comandada pelo diretor de arte Osmar Murada, com produção de André Burza.
É o horário eleitoral transformado num misto de espetáculo de teatro com escola de samba. Uma homenagem a Joãozinho Trinta, será?
Na geléia geral brasileira vale tudo – até o que não é necessário. A imagem pública de Serra, um acadêmico, intelectual, que avançou léguas para além de sua propalada origem modesta, dificilmente será modificada e transformada na de um homem popular, pelo condão da mágica publicitária.
O eleitor costuma distinguir bem entre espetáculo e realidade. A realidade de Serra é seguramente melhor e menos artificial que o espetáculo.
Uma favela-modelo, que fica num estúdio da zona Oeste de São Paulo, só com gente contente, batucando um sambinha, pendurando no varal a camiseta com o número 45, e prometendo votar no candidato, que está lá, cercado de crianças negras agitando, esfuziantes, uma bandeira do Brasil. O artificialismo da cena foi chocante para quem avançou um milímetro além da infeliz peça de propaganda, comandada pelo diretor de arte Osmar Murada, com produção de André Burza.
É o horário eleitoral transformado num misto de espetáculo de teatro com escola de samba. Uma homenagem a Joãozinho Trinta, será?
Na geléia geral brasileira vale tudo – até o que não é necessário. A imagem pública de Serra, um acadêmico, intelectual, que avançou léguas para além de sua propalada origem modesta, dificilmente será modificada e transformada na de um homem popular, pelo condão da mágica publicitária.
O eleitor costuma distinguir bem entre espetáculo e realidade. A realidade de Serra é seguramente melhor e menos artificial que o espetáculo.
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Assista o trecho da propaganda eleitoral de Serra com a favela cenográfica:
Um comentário:
DEPRIMENTEEEEEEE!!!!
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