quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Ricardo Coutinho ficará refém das oligarquias políticas paraibanas?


Por Júnior Miranda
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Pela primeira vez na história, a Paraíba será governada por um político oriundo das classes populares, e não de grupos oligárquicos que atrasaram o estado durante décadas. O ex-vereador, ex-deputado estadual, ex-prefeito de João Pessoa, e governador eleito pelo Partido Socialista Brasileiro, Ricardo Vieira Coutinho, governará um dos estados mais pobres do Brasil a partir de 2011.

Mas, para alcançar o posto mais alto do estado, Ricardo Coutinho aliou-se aos grupos políticos mais atrasados da Paraíba. Ou seria o contrário? Esses grupos atrasados que se aliaram a Ricardo por “necessidade de poder”, a exemplo do senador Efraim Moraes do DEMO, extirpado democraticamente pelos paraibanos através do voto na última eleição, ou melhor, dos "não votos"?

Vale lembrar que na campanha peemedebista também participaram outros grupos políticos atrasados, dos quais cito como exemplo o ex-governador e militante da antiga ARENA, Wilson Leite Braga. Neste quesito, os dois candidatos a governador da Paraíba estiveram “bem servidos”.

Por isso, acredito que um dos maiores desafios do governador eleito será administrar o estado sem tornar-se refém das “exigências” das oligarquias paraibanas. A expectativa por novas práticas políticas é grande em relação ao socialista.

Até que ponto as oligarquias regionais poderão dificultar, por exemplo, a instalação do orçamento participativo, uma das bandeiras políticas de Ricardo? Como modificar essa cultura política clientelista predominante no estado da Paraíba?

Porém, precisamos estar cientes de que o “nirvana administrativo” num estado dominado há décadas por oligarquias regionais representadas pelos Cunha Lima, Targino Maranhão, Lucena, Morais, Vital do Rego, Fernandes, Pessoa, Paulino, Maroja, Motta, Gadelha, Braga, Maia, Ribeiro, entre outras, não será alcançado do dia para a noite.

Se as recentes declarações de Ricardo Coutinho, de que ele não aceitará feudos dentro do estado, forem aplicadas em sua vindoura administração, e juntando-se a essa fase desenvolvimentista e de crescimento econômico do Nordeste, a qual prosseguirá no Governo da presidenta Dilma, poderemos vislumbrar, nos próximos anos, uma nova concepção de e da Paraíba. É o que esperamos.

4 comentários:

Anônimo disse...

Se Ricardo quiser cumprir o que disse durante a campanha que ia fazer a Paraíba virar um novo Estado, ele precisa de imediato escantear Efraim Morais e Cássio Cunha Lima, que são o que mais de atrasado tem na Paraíba

Severo disse...

Se o Ricardo quer fazer da Paraíba um novo Estado tem que ajudar fazer uma nova Belém como Roberto tá fazendo.

BLOG DO José Vicente disse...

Ricardo só não é maluco ô Severo, construir uma politica de escateamento, e ainda mais, com Cássio que se for escanteado lançara um Tiririca na Paraiba e sairão vencedores.. (wlw)

Jose Bezerra disse...

O peemedebista não estava com grupos atrasados ao seu lado, ele era um representando nato desses grupos. Esse desafio estará sempre em todos os lugares, veja o caso de Dilma e sua relação com o PMDB ou de Lula com seus aliados. MAs aí é a história que vai dizer.

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