sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A História faz justiça a Marighella e a Dilma Rousseff

Decorridos 41 anos - completados hoje (4) - do covarde assassinato de Carlos Marighella, cresce no país o respeito por sua coragem, determinação e militância e o sentimento de que seu nome já se situa, tranquilamente e como medida de justiça, entre os patriotas que mais lutaram pela melhoria de vida, ascensão social, a liberdade e o respeito a todos os direitos do nosso povo.

Marighella - ou Carlos como o chamavam os mais próximos, os familiares e os amigos - morreu em uma emboscada montada pelas forças de repressão da ditadura militar, à frente o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo. Ele foi inequivocamente um dos quadros políticos mais atuantes de nossa História. Só a reação, e com o assassinato, foi capaz de conter a chama que o animou sempre, a vida inteira, em sua luta pela liberdade e justiça para o nosso povo.

Vitória de Dilma: a Geração 68 chega ao poder

Demorou 42 anos mas, como bem destacou o presidente Lula em conversa com jornalistas, com a eleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República a geração “dos que perderam em 1968″, sofrida mas, mais calejada, experiente e do bem da mesma forma como já o era quatro décadas atrás chega ao poder. Melhor do que dizer que chegam ao governo do país os que “perderam” naquele ano, eu prefiro destacar a “vitória” agora daquele geração rumo aos seus ideais, princípios e a concretização de seus sonhos mais acalentados.

Eu diria que é emblemático, mais do que simbólico que esta geração chegue ao poder pelas mãos de Dilma Rousseff, uma combatente da resistência que lutou contra a ditadura como tantos outros jovens, muitos covardemente assassinados na tortura ou em combates simulados. Para estes cuja memória e história verdadeira, sem as sombras impostas por uma cruenta ditadura de 21 anos (1964-1985) ainda devemos ao país, é hora de voltarmos nossos melhores pensamentos.

O resgate do seu idealismo e da bravura com que combateram, resistiram e muitos tombaram só poderemos pagar abrindo os arquivos e encontrando os restos mortais dos desaparecidos, uma ignomínia que a ditadura nos legou. Neste momento de esperança, a menos de dois meses da mudança de governo e da posse de uma das nossas, da combatente Dilma, eu repito o que tantas vezes escrevi aqui no blog: não adianta protelarem, esconderem, os arquivos da repressão um dia serão abertos e conhecidos.

A justiça se fará e seus familiares poderão dar-lhes sepulturas cristãs e viver o luto dolorido, mas cheio de certezas, com o conhecimento da verdade que lhes foi negada até agora. Leia essas matérias em José Dirceu.

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