quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Arrependeu-se de ser corrupto? Então, devolva em dobro o que roubou do povo


Por Júnior Miranda

Estão na moda os políticos “religiosos”. É Jesus pra cá, é Jesus pra lá. É um terço na mão, é uma frase profética retirada da Bíblia "especialmente pra você", é um beijo na imagem da padroeira do Brasil, enfim, virou moda, ou pior, virou marketing político para atrair os eleitores incautos.

Porém, ultimamente, ouvi certos políticos com o discurso do ARREPENDIMENTO. Arrependido de serem corruptos.

Quão “bonito” é ouvir da boca desses homens, os mesmos que roubaram dinheiro do povo, que deixaram famílias morrendo de fome por causa dos salários atrasados, que praticaram todo tipo de perseguição, inclusive, tirando a vida de outros, falando em arrependimento. Aleluia Senhor! Saravá!

Deixando a questão do assassinato de adversários políticos de lado, pois a vida deles não tem mais volta, não podemos encarar com “incredulidade” o fato do arrependimento de determinados homens públicos que fizeram mal a tanta gente.

Mas, como assim?

Vejam bem, se um político que desviou dinheiro público, que tirou dos pobres o alimento da mesa, que atrasou salários e perseguiu os funcionários públicos, que difamou o nome da cidade por “pagar” os fornecedores com cheque sem fundo - e quando pagava, né? – diz que se arrependeu e quer voltar a administrar, só lhe resta uma coisa: seguir o exemplo de Zaqueu, aquele cobrador de impostos arrependido como conta a Bíblia.

Para que o arrependimento seja “verdadeiro”, o político que se diz “curado” da corrupção deve tomar a mesma atitude do Zaqueu, devolvendo em dobro o que roubou. É isso, devolver, EM DOBRO, tudo o que roubou do povo; Devolver, EM DOBRO, o dinheiro desviado da educação, da saúde, da previdência social, etc; Devolver, EM DOBRO, os salários atrasados do funcionalismo público.

E mais...

O político “arrependido” de ser corrupto deve ter a “grandeza” de cumprir na justiça as condenações por INELIGIBILIDADE. Pois é, rapazes e moças. Aqui é um país católico, e antes de pleitear o “céu administrativo”, o político que se “arrependeu” de ser corrupto deve passar pelo purgatório, oxente!

Ou vocês pensam que roubar dinheiro da educação, da saúde ou deixar as famílias dos funcionários morrerem de fome é pecado venial? Não! É pecado mortal!

Se, o político “arrependido” de ser corrupto, tomasse o exemplo de Saqueu, eu poderia até acreditar num arrependimento sincero. Do contrário, é mais um lobo disfarçado de ovelha.

2 comentários:

Cezar Miranda disse...

E aí TM, topa?

Paulo Nolasco de Andrade disse...

Uma das filosofias mais bonitas sem dúvida vem do AA, para eles não existe ex-alcoólatra, mas alcoólatra em recuperação. Não acredito nessas Madalenas marketeiras, tudo falsidade.

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