Depois de uma curiosa noite em Belém lá vai o poema O Circo, de Sidney Miller, para a gente refletir:
Vai, vai , vai começar a brincadeira
Que a charanga vai tocar a noite inteira
Vem, vem , vem, ver o circo de verdade
Tem, tem, tem, picadeiro e qualidade.(?)
Que o Zézinho do trombone
De renome consagrado
Esquecia o próprio nome
E abraçava o microfone
Faço versos pro palhaço
Que na vida já foi tudo
Foi soldado, seresteiro
Carpinteiro, vagabundo
De chicote e cara feia
Domador fica mais forte
Meia-volta, volta e meia
Meia vida, meia morte
Mas findado seu batente
De repente a fera some
Domador que era valente
Noutra esfera se consome
Fala o fole da sanfona
Fala a flauta pequenina
Que o melhor vai vir agora
Que desponta a bailarina
Que seu porte é de senhora
Que seu rosto é de menina
Quem chorava já não chora
Quem cantava desafina
Vai vai vai terminar a brincadeira
Que a charanga já tocou a noite inteira
Morre o circo renasce na lembrança
Foi-se o tempo e eu ainda era criança.
Autor: Sidney Miller
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