Cor da resistência
Que o céu pincelou
No arco-íris da raça humana
Que a terra desenhou
Dos palmares zumbidos ecoaram
Sons banhados pela liberdade
De um povo sedento de vida
De um povo sedento de igualdade
Canaviais do amargo suor
Misturado na bebida branca do poder
Que a senzala não podia desfrutar
Do doce branco que fez nascer
Troncos manchados de sangue
Dos cruéis chicotes da opressão
Transformados em hastes de resistência
Encravando a bandeira da libertação
Mulher de negra beleza
Do branco olhar iluminador
Diamante negro almejado
Que o Criador lapidou
Mães pretas guardavam no ventre
Filhos com a esperança do viver
Apesar das dores e lágrimas caídas
No sofrimento a certeza do renascer
Tempo branco da humanidade
Que desumanos escravizou
Negro e livre homem
A escravidão não o derrotou
Correntes da Casa Grande
Correntes do poder
Corrente neoliberal
Corrente a se desfazer
Consciência apelando às consciências
Do negro, do índio e do branco
Somos todos iguais
Somos todos humanos.
Autor: Júnior Miranda
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