Por Mauro Carrara
Pela primeira vez, os golpistas midiáticos associaram diretamente o nome de Dilma Rousseff a um suposto delito.
O golpe veio em "cadeia nacional", pelo JN, da boca de um criminoso comum, julgado e condenado.
Era receptador de cargas roubadas e lidava com dinheiro falsificado.
Já passou dez meses atrás das grades.
Admite que no passado foi filiado ao PSDB.
Esse bandido virou celebridade na Folha de S. Paulo, que exibe dele uma foto posada, produzida por Letícia Moreira num chiaroscuro ao estilo Van der Goes.
No quadro de 19 cm x 24 cm, o ladrão cafajeste virou galã.
No horário jornalístico nobre da TV, foi tratado como demiurgo.
Ganhou cerca de um minuto para desfiar acusações confusas contra Erenice e Dilma.
Ou seja, Folha e Globo se transformaram em canal de locução do crime.
Mesmo assim, provavelmente não serão processados.
Nenhum policial, procurador ou magistrado se levantou, até agora, para questionar a conversão de veículos de comunicação em armas de destruição moral.
O cidadão tampouco pode contar com o Governo Federal e com o PT, sempre tímidos e incapazes de agir contra as gangues midiáticas e seus novos atores, agora recrutados no sistema carcerário.
O episódio da demissão de Erenice Guerra constituiu-se em grave erro estratégico.
Tolerar o avanço da bandidagem midiática pode ser trágico, mesmo que se vença a eleição.
Ou destruímos o golpismo midiático ou o golpismo midiático vai destruir o Brasil.
Postado no Blog do Cézar Miranda
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