Com o recrudescimento da disputa eleitoral, vai ficando clara a antevisão do presidente Lula ao indicar uma mulher para a sua sucessão. O tipo de ataque que Dilma Rousseff vem sofrendo ilustra bem a situação da mulher no Brasil. Elas continuam sendo alvos de preconceito e de violência por parte dos homens em pleno século XXI.
Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo do último dia 4, “Em dez anos, dez mulheres foram assassinadas por dia no Brasil, média que fica acima do padrão internacional”. Os dados foram extraídos de estudo intitulado Mapa da Violência no Brasil 2010, realizado pelo Instituto Zangari, com base no banco de dados do Sistema Único de Saúde (DataSUS).
“Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio – índice de 4,2 assassinadas por 100 mil habitantes. Elas morrem em número e proporção bem mais baixos do que os homens (92% das vítimas), mas o nível de assassinato feminino no Brasil fica acima do padrão internacional”, diz a reportagem.
“Quanto mais machista a cultura local, maior tende a ser a violência contra a mulher”, afirmou a psicóloga Paula Licursi Prates, doutoranda na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, que realiza estudos sobre homens autores de violência.
Já no âmbito das condições de trabalho, a diferença nos ganhos de uma mulher e de um homem continua grande no Brasil, segundo indicou o índice de desigualdade entre os sexos, publicado pelo Fórum Mundial de Economia em 2008. O salário de uma mulher é, em média, 58% do que ganha um homem.
Socialmente, a mulher continua sofrendo preconceitos no que diz respeito à sexualidade. Isso fica claro na charge insultuosa do cartunista Nani que o blogueiro da Folha de São Paulo, Josias de Souza, publicou recentemente, que retratava Dilma como prostituta por seu partido estar fazendo alianças políticas com partidos que sempre tiveram diferenças ideológicas com o PT, como o PMDB.
Apesar de o candidato José Serra ter se aliado a um inimigo histórico do PSDB, Oréstes Quércia, quem motivou a formação do partido social-democrata nos anos 1980, nem por isso fizeram uma charge dele como garoto de programa.
Isso ocorreu com Dilma porque o preconceito sexual sempre foi usado para atacar mulheres devido ao machismo brasileiro, que não as considera donas do próprio corpo e com direitos como os dos homens para exercerem livremente suas sexualidades.
Com efeito, o homem que tem múltiplas parceiras sexuais é considerado “garanhão”, enquanto que uma mulher, se em períodos menores de tempo tiver mais de um parceiro, logo será chamada de prostituta ou de termos análogos.
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Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo do último dia 4, “Em dez anos, dez mulheres foram assassinadas por dia no Brasil, média que fica acima do padrão internacional”. Os dados foram extraídos de estudo intitulado Mapa da Violência no Brasil 2010, realizado pelo Instituto Zangari, com base no banco de dados do Sistema Único de Saúde (DataSUS).
“Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio – índice de 4,2 assassinadas por 100 mil habitantes. Elas morrem em número e proporção bem mais baixos do que os homens (92% das vítimas), mas o nível de assassinato feminino no Brasil fica acima do padrão internacional”, diz a reportagem.
“Quanto mais machista a cultura local, maior tende a ser a violência contra a mulher”, afirmou a psicóloga Paula Licursi Prates, doutoranda na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, que realiza estudos sobre homens autores de violência.
Já no âmbito das condições de trabalho, a diferença nos ganhos de uma mulher e de um homem continua grande no Brasil, segundo indicou o índice de desigualdade entre os sexos, publicado pelo Fórum Mundial de Economia em 2008. O salário de uma mulher é, em média, 58% do que ganha um homem.
Socialmente, a mulher continua sofrendo preconceitos no que diz respeito à sexualidade. Isso fica claro na charge insultuosa do cartunista Nani que o blogueiro da Folha de São Paulo, Josias de Souza, publicou recentemente, que retratava Dilma como prostituta por seu partido estar fazendo alianças políticas com partidos que sempre tiveram diferenças ideológicas com o PT, como o PMDB.
Apesar de o candidato José Serra ter se aliado a um inimigo histórico do PSDB, Oréstes Quércia, quem motivou a formação do partido social-democrata nos anos 1980, nem por isso fizeram uma charge dele como garoto de programa.
Isso ocorreu com Dilma porque o preconceito sexual sempre foi usado para atacar mulheres devido ao machismo brasileiro, que não as considera donas do próprio corpo e com direitos como os dos homens para exercerem livremente suas sexualidades.
Com efeito, o homem que tem múltiplas parceiras sexuais é considerado “garanhão”, enquanto que uma mulher, se em períodos menores de tempo tiver mais de um parceiro, logo será chamada de prostituta ou de termos análogos.
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